Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC) recomenda que as pacientes que colocaram prótese de silicone da marca francesa Poly Implant Prothese façam acompanhamento médico de dois em dois anos. O comum para quem tem próteses de mama é de oito ou 10 anos.
O alerta é reforçado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “As pacientes devem procurar seus médicos para realizar os exames necessários e fazer uma avaliação clínica”, afirma o órgão. “Os profissionais de saúde devem contatar suas pacientes para definirem a melhor conduta a ser adotada”, completa.
Mas não há motivo para alarde, afirma o presidente da SBCP, Jose Horácio Aboudib. “Não é preciso correr para o médico. Se a prótese romper, que é o maior perigo dos implantes PIP, não há risco de morte. Pode haver uma reação inflamatória. A consulta pode ser feita em dois ou três meses”, pondera.
Câncer X Prótese PIP
A ligação entre o uso das próteses PIP e o aparecimento de câncer em oito mulheres está sendo estudada, mas não foi definida nenhuma relação de causa e efeito. “Um comitê multidisciplinar francês estudou os casos de câncer em mulheres com o silicone PIP e não encontrou provas de relação entre as duas”, afirma Aboudib.
A Anvisa afirma que está acompanhando informações do caso direto da França. Próteses da marca PIP têm se rompido em índices acima do normal e são suspeitas de terem sido confeccionadas com silicone de médico e industrial, afirmam os especialistas. Autoridades francesas aconselharam nesta sexta-feira (23) 30 mil mulheres do país a retirar seus implantes. As operações serão pagas pelo governo francês.
O implante mamário Poly Implant Prothese (PIP) foi proibido no Brasil desde abril de 2010. Segundo a Anvisa, ainda não foram notificadas nenhuma ocorrência de problemas em próteses no Brasil.
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