segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A perfeição é possível ?


Imagem: Larry Williams/Zefa/Corbis/Latin Stock

À medida que evoluem as técnicas de cirurgia plástica e outros tipos de intervenção facial, mais as mulheres se vêem enfeitiçadas pela possibilidade de ter um rosto mais bonito. Muitas chegam ao consultório do médico pedindo pelo nariz, boca ou olhos de uma celebridade da moda. Outras querem alterar várias partes do rosto, reparando o que julgam ter sido uma injustiça da natureza. Diante da popularidade que a cirurgia plástica desfruta nos dias de hoje, a questão que se coloca é até que ponto se pode conseguir a perfeição através do bisturi.

Será possível modelar uma face até que ela arranque suspiros de admiração e inveja como a da atriz Angelina Jolie e a da modelo Isabeli Fontana? Dez cirurgiões plásticos de renome ouvidos por VEJA para esta reportagem são unânimes em afirmar que a resposta mais honesta é "raramente". Isso não decorre da falta de perícia, mas de uma verdade revelada pela experiência de consultório: a beleza não é o resultado da soma de partes do rosto bem modeladas, mas da harmonia entre elas.

Há, aqui, um ensinamento no qual os médicos insistem nas conversas com os pacientes, mas que muita gente prefere ignorar: o rosto mais bonito do mundo não precisa ser perfeito. O exemplo é Angelina Jolie, com freqüência colocada no topo da lista das mulheres mais lindas do mundo. Um perfeccionista poderá dizer que sua boca é exagerada pelos padrões clássicos de beleza. É verdade. Mas isso em nada afeta o aspecto deslumbrante de sua face.

É dificílimo reproduzir a perfeição mesmo com o uso das técnicas mais modernas. Até quando uma cirurgia plástica é bem-sucedida ao reparar um nariz adunco ou um queixo pequeno demais, nada garante que a área retocada estará em equilíbrio com a totalidade do rosto. "Quando há apenas uma característica marcante na face, como um nariz grande, mas todo o resto é harmonioso, essa característica pode agir de forma positiva, ressaltando a naturalidade do rosto", diz o cirurgião plástico americano Kouros Azar, que tem entre seus clientes estrelas de Hollywood.

A experiência de consultório com as cirurgias estéticas que nem sempre resultam em rostos mais formosos pode agora, pela primeira vez, ser submetida a uma prova científica. A investigação é feita por um software recentemente desenvolvido pela equipe do engenheiro israelense Tommer Leyvand, na Universidade Tel-Aviv. O programa, chamado de máquina de embelezamento, usa padrões de beleza consagrados para transformar os traços de rostos submetidos a ele através de fotografias. O computador analisa 234 detalhes em cinco regiões faciais – olhos, nariz, sobrancelhas, lábios e contorno do rosto. A seguir, vasculha seu banco de dados de rostos bonitos e muda as feições que julga inadequadas à face analisada.

Ao contrário dos programas comumente usados para melhorar a aparência de modelos em revistas, esse novo não elimina rugas nem muda a cor dos cabelos. A pedido de VEJA, Leyvand submeteu a seu software fotos de uma dezena de personalidades brasileiras e estrangeiras. Em última análise, o programa simula os efeitos das cirurgias plásticas, e deixa evidente que nem sempre é uma boa idéia lançar mão delas para adaptar o rosto aos padrões de beleza.


Fotos Erich Lessing/Album/ Latin Stock e Alinari Archives/Corbis/Latin Stock

A BELEZA ESTÁ NAS PROPORÇÕES
Embora os padrões de beleza mudem, algumas características da estampa feminina permanecem infalíveis em atrair os homens. A principal delas são
os quadris mais largos do que a linha da cintura – na proporção ideal de 10 por 7. A explicação é darwiniana: quadris largos sinalizam boa saúde e fertilidade.
Nas fotos: uma Vênus do Paleolítico, a Vênus de Milo e a musa renascentista
de Ticiano

Transformada pela máquina de embelezamento, a modelo Gisele Bündchen teve, entre outras mudanças, os olhos alongados e os lábios reduzidos. Continuou linda, mas seu rosto perdeu boa parte da personalidade que possui. Já o rosto da atriz Claudia Raia se beneficiou das mudanças feitas pelo software e ganhou contornos mais delicados e femininos. Aplicar fórmulas ideais de beleza nem sempre funciona. O cantor Michael Jackson parece ter escolhido cuidadosamente cada uma das reformas faciais a que se submeteu. Vista separadamente, cada parte de seu rosto corresponde a padrões de beleza consagrados – o conjunto, no entanto, resulta monstruoso.

O principal ensinamento que emerge da máquina de embelezamento é que uma modificação sutil pode fazer enorme diferença. Isso não é uma advertência contra a cirurgia estética, mas um apelo à moderação. Muitas vezes, a primeira coisa que uma pessoa tem a perder quando se submete a uma transformação radical é a própria personalidade. "Tudo no rosto pode ser aperfeiçoado, porém com moderação e mantendo as características principais no rosto de cada pessoa", diz o cirurgião plástico paulista Alan Landecker.

As pesquisas de Tommer Leyvand com sua máquina embelezadora foram publicadas há dois meses nos cadernos da Siggraph, conferência sobre computação gráfica realizada anualmente em Los Angeles. Seu objetivo não foi discutir a face mais bonita – a original ou a modificada –, mas, sim, descobrir se é possível alterar rostos com a utilização de padrões consagrados de beleza sem torná-los irreconhecíveis. Como ocorreu com outras tentativas de usar princípios objetivos ou mesmo fórmulas matemáticas para definir a beleza, o pesquisador acabou por mexer em algo além de sua pretensão original – as complexas questões relacionadas à percepção do belo e do que torna uma face atraente ou não.

O que é exatamente beleza? Quando se trata de cirurgia estética, os médicos sabem bastante bem que muitas vezes o paciente está atrás de um formato idealizado que apenas reflete o visual do momento e pouco tem a ver com os fatores que melhor determinam a harmonia de cada rosto. "A padronização pode diluir os pontos fortes de uma mulher. Cada pessoa tem os seus. O segredo da beleza está em valorizar esses pontos", diz o cirurgião plástico carioca Luiz Victor Carneiro, da Clínica Ivo Pitanguy. Nos últimos dez anos, as pesquisas que buscam explicar a beleza pela ótica da ciência se tornaram um campo próspero nas hostes acadêmicas. Muitos desses estudos chegam a conclusões semelhantes a respeito das características de um rosto harmônico e, portanto, bonito.

O principal elemento que o caracteriza é a simetria, o grau de semelhança entre os dois lados do rosto. Em teoria, quanto mais semelhantes forem as duas metades da face, mais perfeita e bela ela tenderá a ser. A simetria ideal, segundo as pesquisas mais respeitadas, também se traduz na distância idêntica entre a ponta do queixo e a base do nariz, entre esta e a linha das sobrancelhas e entre as sobrancelhas e o início da linha dos cabelos.

Um rosto com essas medidas é inteiramente proporcional e tende a ser bonito mesmo se um nariz grande demais, por exemplo, sobressai no conjunto. Esses conceitos estão por trás das belezas clássicas, nas quais todos os traços estão em perfeita proporção. As belíssimas Grace Kelly e Elizabeth Taylor encaixam-se nessa categoria. No rosto feminino, a beleza clássica normalmente se baseia em traços bem delicados, aqueles que costumam diferenciá-lo da face masculina.

Essas fórmulas não conseguem explicar as belezas mais exóticas. Alguns dos rostos famosos considerados mais bonitos chamam atenção justamente pela desproporção dos elementos. O exemplo mais óbvio e que vale a pena mencionar novamente é o da atriz Angelina Jolie, bela por causa de sua boca excessivamente volumosa. A atriz Brigitte Bardot, ícone do cinema nos anos 50 e 60, ficou desfigurada depois de submetida ao programa de computador de Leyvand. A marca de seu rosto sempre foram os lábios carnudos e protuberantes – sem eles, seu rosto ficou banal. "Pessoas com o rosto mais comum, sem elementos que chamem atenção, podem ter sua beleza realçada pela maquiagem. Mas pessoas com características marcantes atraem os olhares mesmo com a cara lavada", opina o cirurgião plástico americano Scott Miller.

Ao longo dos séculos, a ciência e a filosofia sempre procuraram definir a beleza e qual seria sua manifestação mais elevada. Para Santo Agostinho, ela era um atributo divino, assim como a bondade e a verdade. Antes dele, filósofos gregos compararam a beleza a qualidades como a ordem, a simetria e a clareza. Mais recentemente, os estudos científicos que visam a explicá-la mostraram de que forma ela se manifesta. Ainda assim, pesquisas como a do programa de Leyvand muitas vezes são repudiadas por psicólogos e sociólogos. Eles alegam que os parâmetros de beleza que emergem das pesquisas são inevitavelmente influenciados pelos padrões culturais vigentes.

Será que as definições científicas apenas refletem o ideal do momento, construído com imagens da cultura pop e dos ícones de Hollywood? Os padrões clássicos de beleza, que remetem à Antiguidade e às leis que regem as proporções, não mudam. Os traços finos e delicados da rainha egípcia Nefertiti, que viveu há 3 400 anos, até hoje são considerados símbolo de formosura. Paralelamente aos modelos perenes pelos quais se julga o belo, surgem padrões passageiros, ditados pelas circunstâncias históricas e culturais. O século XX foi pródigo nesses padrões de beleza fugazes.

Nos anos 20, os movimentos de emancipação feminina criaram uma alternativa às estampas robustas e com seios fartos das mulheres do século XIX. O cinema influenciou esses ideais. Ficaram em voga os cabelos loiros ondulados e as sobrancelhas finíssimas, desenhadas a lápis. Nos anos 50, a mulher bonita tinha corpo de violão e bochechas coradas. "O padrão de beleza da mulher muda conforme se transformam os papéis que ela ocupa na sociedade", diz a antropóloga Mirian Goldenberg, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Por outro lado, estudos científicos mostram que a percepção de beleza e do que é um rosto atrativo é universal naquilo que transcende aos modismos e à cultura específica. A razão da existência de um padrão universal está na própria evolução da espécie humana.

Charles Darwin, o pai da teoria da evolução, era fascinado por rostos. Deu espelhos a orangotangos num zoológico para observar suas expressões. Estudou centenas de faces humanas de todas as partes do mundo. Ele acreditava que as expressões, da mesma forma que muitos outros comportamentos atuais, refletem padrões instintivos fixados pela evolução em nosso rosto e cérebro. A teoria da beleza que se pode extrair dessas raízes profundas é bem pouco romântica: as encantadoras linhas harmônicas do corpo humano são mais uma resposta encontrada pela evolução para problemas específicos da perpetuação da espécie. Basta examinar a representação artística da beleza feminina, das toscas deusas da fertilidade pré-históricas às estrelas de Hollywood, para notar que alguns atributos são sistematicamente valorizados, independentemente do tempo e da cultura. Em todas as épocas, a mulher ideal é retratada com quadris largos e seios fartos, características que evidenciam sua capacidade de gerar filhos saudáveis e de alimentá-los.

A explicação é darwiniana. As espécies atuais são descendentes daquelas que, ao longo da evolução, se mostraram mais aptas para sobreviver – e isso inclui a adoção de estratégias para atrair o sexo oposto. Impulsos instintivos, fixados em nosso código genético durante o pleistoceno, período geológico em que os grupos de hominídeos iniciaram sua jornada de sucesso evolutivo, ainda nos levam a valorizar os indicativos de boa saúde física e genética, qualidades necessárias para garantir o sucesso reprodutivo e perpetuar os genes da espécie. Um dos primeiros cientistas a estudar o sentido biológico da beleza feminina foi Devendra Singh, professor de psicologia evolutiva da Universidade do Texas. No começo da década de 90, ele mostrou que o acúmulo de gordura na medida certa nos quadris da mulher sinaliza que ela tem bons níveis de estrógeno, hormônio ligado à fertilidade, e é menos suscetível a doenças.

Outras pesquisas estabeleceram as medidas ideais do corpo da mulher: a circunferência da cintura deve ser 70% da dos quadris, padrão que serve tanto para as mulheres magras como para as mais curvilíneas. Singh realizou pesquisas para medir o grau de atração desse atributo entre os homens e concluiu que a preferência é praticamente universal. A mulher, intuitivamente, sempre soube dessa preferência masculina. "No século XVIII, as mulheres da corte européia usavam um corpete para estreitar a cintura e evidenciar os seios e os quadris", diz a historiadora paulista Maria Claudia Bonadio. A evolução equipou o cérebro masculino com uma espécie de radar capaz de captar sinais de sucesso reprodutivo também nas feições femininas. Estudos revelaram que traços delicados, apreciados numa mulher, como a mandíbula pequena e os lábios carnudos, são percebidos como indicativos de fertilidade e de juventude.

Uma forma clássica de definir a beleza é a harmonia de proporções. O conceito foi criado na Grécia antiga e tem como base um cálculo desenvolvido pelos gregos chamado de razão áurea. Essa fórmula representa a proporção mais harmônica entre duas partes em relação ao todo. Para os gregos, essa relação de proporção deveria existir em cada medida do corpo humano para que ele fosse considerado perfeito. Leonardo da Vinci usou a razão áurea em seus estudos anatômicos, inclusive no mais célebre deles, o Homem Vitruviano. A ciência concorda que a lógica das medidas tem correspondência na natureza. O americano Randy Thornhill, da Universidade do Novo México, estudou a assimetria em animais e concluiu que ela significa menor resistência a doenças e a problemas causados pela poluição ou pela falta de alimentos. Em seres humanos, Thornhill mostrou que a assimetria facial pode estar associada a problemas genéticos. Não por acaso, Darwin era obcecado por rostos. "Por trás do que o homem entende por belo há uma lógica evolutiva", disse a VEJA o inglês Martin Tovee, da Universidade Newcastle, da Inglaterra. "É como se estivéssemos biologicamente programados para captar sinais de saúde e de fertilidade." Embora o homem não seja escravo de seus instintos, o prazer que sente ao observar uma mulher com atributos privilegiados é uma prova de que a beleza não é apenas uma questão de gosto. achar que nasceu sabendo!

Por Carolina Romanini e Roberta de Abreu Lima, na VEJA

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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A evolução das próteses de silicone

CIRURGIA PLÁSTICA NOS SEIOS: A EVOLUÇÃO DAS PRÓTESES DE SILICONE



A cirurgia de implante mamário consiste na colocação de uma prótese de silicone na região da glândula mamária, com objetivo de se corrigir alterações estéticas ou melhorar os aspectos dos seios. Atualmente, o implante mamário representa 21% de todos os procedimentos de natureza estética realizados entre 2007 e 2008 no Brasil, de acordo com dados da pesquisa realizada recentemente pelo Instituto DataFolha e a SBCP - Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

"Este tipo de procedimento é, atualmente, junto com a lipoaspiração, um dos mais realizados no âmbito da cirurgia plástica. Existem pesquisas que mostram que nos últimos anos houve um aumento na procura da cirurgia de prótese de mama no Brasil", conta Dr. Alexandre Mendonça Munhoz (CRM-SP 81.555), médico especialista em cirurgia plástica de mama e oncoplástica, Membro Especialista e Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Membro Consultor do corpo de revisores internacionais das revistas americanas Annals of Plastic Surgery e Plastic Reconstructive Surgery, Membro do Corpo Editorial da Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, além de integrar o corpo clínico dos Hospitais Sírio-Libanês, Albert Einstein, Fleury, Oswaldo Cruz e São Luiz.

A maior procura pela plástica nos seios pelas mulheres foi acompanhada pelo aprimoramento da técnica e a evolução tecnológica das próteses. "Atualmente, existem várias próteses novas no mercado e que diferem das antigas quanto ao formato e a constituição. Para se ter uma idéia geral da evolução nos últimos 50 anos, podemos dizer que existem cinco gerações distintas de próteses mamárias. Hoje, as pacientes contam com as próteses de 5ª geração, mais seguras e que fornecem resultados mais duradouros e naturais", esclarece Dr. Alexandre.

O especialista brasileiro, que tem realizado palestras em congressos internacionais de cirurgia plástica, elaborou a cronologia abaixo de acordo com a evolução tecnológica das próteses de mama:

1ª. GERAÇÃO - década de 60: primeiras próteses utilizadas para aumento de mama. Eram feitas de silicone líquido e material sintético (Dacron) e todas eram redondas. Eram mais duras e consistentes devido ao Dacron presente na cápsula da prótese (camada mais externa).

2ª. GERAÇÃO - década de 70-80: primeiras próteses introduzidas em larga escala no mercado e amplamente utilizadas nos EUA. Ao invés da cápsula de Dacron, passou-se a utilizar a de silicone mais fino, que ajudou a deixar as próteses mais macias. Além do formato redondo, começou também a se ver no mercado o formato anatômico (gota), porém de forma única. Como o silicone interno era líquido (igual ao da 1ª. Geração) começam a aparecer as primeiras complicações: após 8 a 10 anos de uso, verifica-se o rompimento e espalhamento do silicone. Devido as complicações com essas próteses, o governo dos EUA (FDA- Food and Drug Administration) proibiu o uso da prótese de silicone no final da década de 80 no País.

3ª. GERAÇÃO - década de 90: alteraram-se totalmente a cápsula e a consistência do silicone interno. Assim, a cápsula passou a apresentar mais camadas, com menor risco de rompimento, e o silicone ficou menos líquido e com consistência mais gelatinosa. Assim, no caso de rompimento da prótese, o risco do gel se espalhar era menor. Começou nesta fase, o desenvolvimento de novos formatos, como o anatômico de alturas diferentes (alto e baixo).

4ª. GERAÇÃO - final da década de 90 até 2003-2004: aumenta-se mais ainda o número de camadas da cápsula, com risco mínimo de rompimento, e começou a ser fabricado o silicone coesivo ou de alta coesividade, semelhante a uma gelatina que não se espalha e tem consistência macia. Houve o desenvolvimento também de novos formatos anatômicos e o conceito da abordagem "individualizada" na escolha da prótese. Desta forma, escolhe-se a prótese ideal de acordo com o volume da mama, largura, altura e projeção para cada tipo de tórax, pele e formato de mama, entre outros fatores. Com este novo sistema, abre-se a possibilidade de se escolher 12 formatos diferentes de prótese.. Logo, existem mais opções e alternativas para diferentes tipos de mamas, com resultados cada vez mais naturais.

5ª. GERAÇÃO - a partir de 2005/06: foram realizadas significativas mudanças no envelope (camada externa das próteses) associadas com o desenvolvimento de um silicone coesivo mais macio, mais natural, porém, ainda com coesividade. Entre as duas maiores marcas estão a McGhan (Allergan), que desenvolveu a camada chamada de BIOCELL, e a Mentor (Ethicon), que desenvolveu a camada chamada de SILTEX. A camada BIOCELL é um tipo especial de revestimento texturizado já usado nas outras gerações, mas que funciona como um "velcro", promovendo maior aderência da prótese nos tecidos internos (glândula, gordura e músculo) e, desta forma, evitando o deslocamento da prótese e inibindo o fenômeno de contratura capsular (endurecimento). Além disto, nesta última geração existe uma camada intermediária no revestimento da prótese que evita vazamentos. Por isso, as gerações atuais são as mais modernas e seguras que existem, porque a superfície é texturizada e com BIOCELL (maior aderência, menor deslocamento e menor contratura), há o INTRASHIEL (não deixa vazar) e o silicone é coesivo (não escorre), além de uma infinidade de modelos e tamanhos para uma abordagem individualizada.

Perfil

Alexandre Mendonça Munhoz (CRM-SP 81.555) - Cirurgião Plástico

Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Mestre e Doutor em Cirurgia Plástica na área de Cirurgia Mamária pela HC-FMUSP, Dr. Munhoz é Coordenador do Grupo de Reconstrução Mamária do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Membro Especialista e Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Membro Consultor do corpo de revisores internacionais das revistas americanas Annals of Plastic Surgery e Plastic Reconstructive Surgery, Membro do Corpo Editorial da Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, além de integrar o corpo clínico dos Hospitais Sírio-Libanês, Albert Einstein, Fleury, Oswaldo Cruz e São Luiz.

www.segs.com.br - Fonte ou Autoria é : Sandra Santos

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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Pesquisa diz que mulheres envelhecem como suas mães


Sabe aquele dito popular que reza que para saber como sua namorada ou pretendente ficará quando envelhecer é só olhar para a mãe?

Cientistas americanos conseguiram provar que é verdade. Mães e filhas apresentam o mesmo padrão de enrugamento à medida que vão envelhecendo.

Conduzida pelo Dr. Matthew Camp da Loma Linda University Medical Center na California, a pesquisa utilizou equipamentos de última geração em escaneamento e desenvolvimento de imagens em 3D para analisar a composição facial de 10 duplas de mães e filhas, de 15 a 90 anos de idades.

Foi verificado então que a pele e os tecidos finos, especialmente ao redor dos olhos, mostraram o mesmo padrão de desgaste e perda de elasticidade. Essa similaridade fica mais aparente quando a filha alcança a faixa dos 30 anos de idade.

O estudo, inédito nessa área, foi apresentado na reunião da Associação Americana de Cirurgia Plástica em Seattle nos Estados Unidos.

O Brasil é um dos campeões mundiais de cirurgias plásticas no mundo, sendo que mais de 70% são realizados com objetivos estéticos. As cirurgias para correções nas pálpebras, que com o decorrer da idade perdem a elasticidade e os músculos se tornam mais soltos, representam 9% do total de intervenções deste tipo, perdendo para o aumento das mamas, a lipoaspiração e as cirurgias no abdomen.

As mulheres ainda são as principais utilizadoras do bisturi para conseguir voltar a ter a beleza de outrora, mas os homens estão aumentadno sua participação gradualmente.

Segundo Norman Waterhouse, ex-presidente da Associação Britânica de Cirurgia Plástica Estética, as mulheres acreditam que envelhecem mais acentuadamente que os homens.
Na verdade, segundo o especialistas, essa percepção acontece porque o formato do rosto feminino se altera no decorrer do tempo.
Quando são jovens, as moçoilas possuem um rosto mais oval e com a passagem dos anos, ele se torna mais quadrado. Já nos marmanjos o formato não se altera.

Fonte: Terra

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domingo, 15 de novembro de 2009

Que tal trocar a milhagem por implante de silicone? Na Finlândia, é possível.



Quer trocar as sua milhagens por implante de silicone nos seios? Finnair, empresa aérea, é amiga do peito

A Finnair, companhia da Finlândia, anunciou um plano de milhagem que pode inflar o número de passageiras nos seus aviões. aquelas que somarem mais pontos ganharão bônus para cirurgias

A passageira pode decidir se quer trocar suas milhagens por mais horas de voo ou se vai somar pontos para conseguir colocar seios novinhos em folha. É a proposta flexível da Finnair, companhia aérea finlandesa, a primeira a conciliar programa de milhagem com cirurgia de implante de silicone.

Quanto maior a distância entre um destino e outro, mais pontos a viajante terá para conseguir marcar uma operação. O aumento das mamas como bônus de programa de viagem já inflou o número de passageiras. A maioria marcou voos entre Helsinque e Sydney, ou entre a capital da Finlândia e a Argentina.

Para alcançar o número de pontos necessários para rechear o decote, a passageira deve acumular quilometragem nos trajetos entre continentes. A marca de 3,18 milhões de pontos dá direito ao aumento do peito.

Para ter seios mais ambiciosos, como os de Pamela Anderson, a passageira precisa dar umas voltas ao mundo – pouco mais de 400 idas a Hong Kong, na classe turística. A Finnair até indica um cirurgião para realizar o implante.

Fontes: R7, Saiu no Jornal

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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O que é a celulite ? Existe tratamento para celulite ?


Você já tentou de tudo: cremes, dietas, academia e inumeros tratamentos estéticos. Mesmo assim, aquele incoveniente efeito de casca de laranja insiste em não desaparecer. Um terror para quase 100% das mulheres, a celulite não é considerada um problema estético e sim, uma doença do tecido subcutaneo.A celulite, é descrita como sendo depósitos irregulares de gordura, formando saliências e depressões nas regiões dos glúteos, coxas, abdome e braços.

A sua principal causa é o acumulo de tecido adiposo ( gordura ) e pouco músculo. Acomete os tecidos subcutâneos e conjuntivos, entre a pele e o músculo, causando nódulos, acúmulo de líquidos, alterações nas células gordurosas e até dor, afetando os pequenos vasos sangüíneos e linfáticos. A celulite ataca exatamente o que as mulheres tem de mais sensual: bumbum, pernas, abdômen (e até os braços!), podendo deixar a pele com ondulações, com aquele aspecto desagradável de casca de laranja, ou, pior, com aspecto de queijo suíço, cheia de furinhos. Essa deformação estética da celulite, que gera a aparência de casca de laranja nas coxas e bumbum , representa a soma de várias alterações no tecido subcutâneo.

Essas alterações podem aparecer devido a uma nutrição deficiente das células que dão firmeza e sustentam o subcutâneo. O processo de menor oxigenação pode levar a morte celular e a célula que morre é substituída por tecido fibroso que irá provocar pequenas depressões no tegumento cutâneo. Outro problema causador da celulite se refere a ingestão exagerada de alimentos gordurosos, como doces e chocolates, que levam a multiplicação das celulas adiposas debaixo da pele, formando verdadeiras ilhas de gordura que irão deformar a pele.

Se você sofre com os “furinhos” da celulite, não está sozinha neste mundo, pois 98% das mulheres têm ou terão celulite um dia. Mulheres em geral, jovens e de meia idade, magras ou com excesso de peso são as mais atingidas, sendo que homens também podem apresentar celulite, porém em uma freqüência bem menor.

Causas da celulite :

A celulite está ligada a fatores hereditários e sua principal causa está relacionada ao hormônio estrogenio, presente principalmente nas mulheres. Em épocas onde há aumento na produção desse hormônio como gravidez, amamentação, menstruação, pré menopausa e no uso de anticoncepcionais, a celulite pode se agravar. A falta de atividade física e uma dieta inadequada rica em gorduras, também irão contribuir para o aparecimento desta incomoda companheira.



Tratamento definitivo contra celulite :

Embora existam inumeros tratamentos e cremes milagrosos para combater a celulite, poucos possuem eficacia realmente comprovada. Entre as opções medicas realmente eficazes para tratamento da celulite, dispomos atualmente da carboxiterapia e intradermoterapia associada ao ultra som para os casos mais leves de celulite ( estagios 1 e 2) e, nos casos mais graves ( estagios 3 e 4 ) esta indicada a cirurgia de SUBCISION para celulite, realizada totalmente com anestesia local, associada com o preenchimento dos “furinhos e depressões” com gordura autologa, no mesmo procedimento . Veja a seguir mais detalhes sobre os procedimentos mais eficazes no combate a celulite :

ULTRA SOM + INTRADERMOTERAPIA : Nesse procedimento se utiliza o ultrassom de alta potência, associado ao tratamento intradérmico com carnitina, desoxicolato e tiratricol, que levarão a diminuição da gordura localizada e celulite na area tratada. O funcionamento do ultra som se baseia na emissão de ondas ultra sonicas produzidas por um cristal de quartzo na ponteira do aparelho, que provocam vibrações nas células de gordura capazes de quebrar as traves fibrosas responsaveis pelas depressões da celulite. São necessario pelo menos 8-10 sessões semanais para tratamento da celulite grau 1 e 2..

CARBOXITERAPIA : É um dos tratamentos mais modernos para celulite. Na carboxiterapia, o gás carbônico é injetado no subcutaneo, estimulando a formação de colágeno e aumentando a firmeza da camada superficial da pele. Alem disso, a carboxiterapia ajuda a nutrir melhor as células e faz uma espécie de drenagem linfática, diminuindo o inchaço e, por conseqüência, a celulite associada à retenção líquida. É indicada principalmente, para tratamento dos casos mais leves de celulite ( graus 1 e 2, onde se observa a celulite principalmente quando se comprime a área afetada ).

SUBCISION ( “ CIRURGIA CELULITE “ ) : O subcision se refere a uma pequena cirurgia ambulatorial realizada na própria clínica com anestesia local, sendo o paciente liberado logo apos o procedimento, sem necessidade de internação. Com uma agulha especial, introduzida abaixo da pele, no local da depressão da celulite, cortam-se as traves fibrosas dérmicas, que puxam a pele para baixo, dando aquele aspecto de casca de laranja tipico da celulite.. Quando essas traves fibrosas são cortadas, a pele fica solta e tende a recuperar o seu relevo plano. O subcision é indicado para tratamento da celulite em estagios mais avançados ( grau 3 e 4 ), onde se percebe as depressões da celulite mesmo com o paciente deitado. Em alguns casos , onde as depressões da celulite são mais profundas, pode ser necessario o preenchimento conjunto das depressões com gordura do proprio paciente, ou biomateriais como acido hialuronico ou PMMA, para complementar o resultado.

Por esse motivo , o procedimento deve ser realizado, quando se pensar em realizar lipoaspiração em outras regioes como flancos e costas, de modo que a gordura retirada dessas regioes, possa ser utilizada para preencher as depressões mais profundas da celulite. Segundo estudo publicado no respeitado American Jounal of Aesthetic Surgery envolvendo cerca de 500 pacientes, 95% das mulheres que passaram pelo procedimento apresentaram melhora visivel da celulite logo após o procedimento.

Fonte: Bioplástica

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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Conheça a cirurgia plástica de pálpebras: a Blefaroplastia


A cirurgia de pálpebras ou blefaroplastia, é uma ótima maneira de alcançar um grande rejuvenescimento facial atraves de um procedimento minimamente invasivo, apenas com anestesia local. Como os olhos são a primeira coisa que todos notam, ao eliminar a aparência cansada e triste causada por pálpebras caídas ou bolsas de gordura abaixo dos olhos, a blefaroplastia causa grande impacto na busca pela juventude perdida.

Exatamente por isso, a cirurgia de pálpebras se popularizou tanto, se tornando uma das cirurgia plásticas mais realizadas atualmente. Após a cirurgia de pálpebras ( blefaroplastia ), você ainda vai possuir a mesma aparência, porém seu olhar vai ser muito mais jovem e vibrante.

Na cirurgia pálpebras, o cirurgião realiza pequenas incisões ao longo da borda superior ( blefaroplastia superior ) ou borda inferior ( blefaroplastia inferior ) das pálpebras, através das quais se realiza a retirada das bolsas de gordura e se necessário o excesso de pele. A blefaroplastia possui duração média de cerca de 2 horas, é realizada sob anestesia local e o paciente recebe alta logo após o procedimento, sem necessidade de internação hospitalar. Os pontos da cirurgia de pálpebras são retirados com cerca de 4 dias, e a cicatriz remanescente é praticamente imperceptível, sendo que na maioria dos casos, após a completa cicatrização, praticamente ninguém poderá afirmar que você passou por uma blefaroplastia ( cirurgia de pálpebras ).

INDICAÇÕES PARA CIRURGIA DE PÁLPEBRAS ( BLEFAROPLASTIA )

Entre as indicações mais comuns para realização de uma blefaroplastia estão o acúmulo de bolsas de gordura nas pálpebras inferiores e a flacidez na pálpebra superior, dando ao paciente um olhar cansado e envelhecido.

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Fonte: Site Bioplástica

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