Implante de silicone na região dos glúteos vira febre entre mulheres e homens, diz pesquisa IBOPE
Apesar de terem sido criados nos anos 60 para cirurgias reparadoras, hoje os implantes de silicone têm sido cada vez mais procurados para cirurgias estéticas. Tanto é que, segundo pesquisa IBOPE, encomendada pela coordenação do XI Simpósio Internacional de Cirurgia Plástica, no ano de 2009 foram realizadas no Brasil 645.464 cirurgias plásticas, sendo 443.145 cirurgias estéticas (69%).
Dentro das cirurgias que utilizaram próteses de silicone (quase 159 mil), 156.918 foram em mulheres, das quais 5%, ou 7.771, corresponderam à gluteoplastia, que é recomendada para casos de assimetria, hipotrofia e flacidez dos glúteos com aumento e remodelagem das nádegas. Já no que diz respeito ao sexo masculino, acredite: do total de 1.793 homens que colocaram silicone no ano passado, 18% das cirurgias – 320 – também eram de glúteos.
Isso tudo porque hoje em dia ter um bumbum perfeito é tão cobiçado que tem feito com que mulheres e homens passem horas na academia para tentar definir, modelar e até mesmo aumentar esta região do corpo. Porém, essa maratona muitas vezes não traz o resultado esperado e deixa as pessoas apenas suadas e frustradas. Motivo esse que faz com que muitos brasileiros vão em busca de uma solução mais prática e eficaz: a prótese de silicone.
Não é à toa que de acordo com dados da Silimed, única fabricante de implantes de silicone da América Latina, que exporta suas próteses para mais de 60 países, entre eles EUA, Alemanha e Japão, de 2008 para 2009 a procura pelas próteses de glúteo aumentou em 23%, sendo que o Estado de São Paulo é responsável por 33% das vendas, seguido pelo Rio de Janeiro (14%), Goiás (9%), Paraná (8%), Distrito Federal (7%) e Minas Gerais (7%). O tamanho de prótese mais procurado é o de 300 ml, que representa 25% das vendas; o segundo mais requisitado, o de 270 ml, equivale a 23%; e o terceiro colocado é o de 240 ml, que corresponde a marca de 13% das vendas da empresa.
Existem atualmente duas opções de próteses para o glúteo: lisa redonda e quartzo oval. Esta última, lançada recentemente, tem um desenho adequado ao padrão brasileiro. O implante é preenchido com gel de silicone exclusivo capaz de moldar o corpo com eficiência, naturalidade e segurança.
No que diz respeito à cirurgia, existem diversas técnicas, porém a mais utilizada é a que é feita através de uma incisão entre os glúteos com cerca de 5 cm. A partir deste corte a prótese é colocada dentro do músculo, pois ele a protege e possibilita um resultado mais natural. “O pós-operatório exige repouso nas primeiras 24 horas. É possível caminhar já no dia seguinte e retornar ao trabalho após dez dias. Quanto à cicatriz é praticamente invisível”, afirma o cirurgião plástico Raul Gonzalez (SP), membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e um dos pioneiros em gluteoplastia.
Nos consultórios médicos, a principal dúvida dos pacientes que pretendem aderir ao procedimento é em relação ao possível incômodo na hora de sentar. Segundo Gonzalez, nos primeiros dez dias de pós-operatório a pessoa deve dormir em decúbito lateral, mas já pode sentar no dia seguinte a cirurgia. As atividades normais costumam ser retomadas 10 dias após a cirurgia, podendo inclusive voltar a dirigir. Ginástica e academia devem esperar dois meses.
O implante no glúteo sozinho, no entanto, não é o suficiente para obter excelentes resultados. “Para ficar satisfeita com a cirurgia, é importantíssimo que a paciente conheça bem o cirurgião plástico, saiba se ele é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, faça todos os exames pré-operatórios solicitados pelo médico, nunca opere em consultório ou clínicas sem condições de dar suporte integral a vida e siga as recomendações no pós-operatório”, complementa Fernando Serra, cirurgião plástico do Rio de Janeiro
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